Umas crianças caminhavam pela rua, Menos. Elas cheiravam cola e brincavam com a água que a chuva acumulou na vala. Sorriam de orelha a orelha. Quando o efeito da droga bateu, elas se comportaram, cada uma em seu canto, com as mãos relutando e os olhos esbugalhados. Uma mulher passou na travessa e porcamente jogou seu pacote de salgadinho no chão. Pareceu que havia acabado de alimentar os pombos. As crianças dividiram o salzinho do pacotinho.
E eu, ao menos sei o nome de qualquer uma delas. Mas as observei a tarde inteira. Há porques demais para isso;
Há cotidiano demais nisso.
Mas para mim, não. E eu estava lá. Com meus modos e vocabulários estúpidos.
Eu cheguei ao estado onde as mãos mal se portam.
E a minha lisergia. A minha letargia.
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